quinta-feira, 11 de novembro de 2010

América e Maguary reviveram ontem, na 3ª Divisão Cearense, clássico que já decidiu o Estadual

24.09.2010| 03:00
“Como faz falta o Osíris”. Assim, a presidente do Maguary, Ivone Aguiar, lembrou um dos maiores goleiros do futebol cearense, que atuou no time na década de 1940. Na época, o clube era uma força do futebol local tanto quanto o América, autor do gol e que provocou a lembrança. Ontem, os dois fizeram o que já fora um grande clássico estadual.
Hoje, passados 66 anos do último título do Maguary e 44 do América, quem ainda paga ingresso para ver tal jogo? A pergunta é respondida pela renda ridícula: R$ 12, público de três pagantes.
Uma contagem rápida a olho nu aponta cerca de 80 pessoas presentes. Além dos três que compraram entrada, muitos jogadores da base dos dois clubes, além do Uniclinic, dono do estádio Antônio Cruz, onde a partida foi realizada.
Sem torcedores de fato e com um custo de R$ 150 mil anualmente, o Maguary, dono de quatro títulos cearenses (1929, 1936, 1943 e 1944) tenta sobreviver por insistência de seus proprietários. “A família ajuda a manter o time. Seria um sonho tentar vê-lo na 1ª Divisão novamente”, diz Ivone ao lado do filho, Taciano Aguiar. Pelos gritos dele, a família conseguiu formar um torcedor.
Já o América, campeão estadual duas vezes (1935 e 1966), ainda cativa alguns torcedores e tem custo em torno de R$ 50 mil mensais, bem mais que o adversário. “O América é o segundo time de todo cearense. Mas só sobrevivemos porque temos uma parceria com uma empresa”, explica o presidente Cleston Santos.
Se em 1935 América e Maguary decidiram o Campeonato Cearense, hoje os dois precisam atuar às 15 horas para economizar com energia, na busca de voltar a, pelo menos, jogar contra Ceará, Fortaleza e Ferroviário. Por questões históricas, O POVO deixa o roteiro abaixo para, se um dia voltarem a ser fortes, lembrarem dos erros que os fizeram regredir tanto no futebol.

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